Cristiano proibia álcool no camarim para ajudar Zé Neto: “Me via como vilão”

Dupla passará por cidades do Brasil e do mundo

Uma conversa franca, sincera e sem mascarar a realidade. Foi assim o primeiro encontro promovido por Zé Neto & Cristiano desde a pausa, que reuniu imprensa, contratantes e alguns fãs, na terça-feira (26/11), em São Paulo. A dupla abriu seu coração e, sem medo, expuseram todas as dores e o processo de luta contra a depressão. E o mais importante: a retomada aos palcos a partir do dia 13 de dezembro,

 

Durante o pronunciamento, Zé Neto & Cristiano relembraram que tudo começou após a pandemia, quando retomaram a rotina intensa de shows. “De repente, eu comecei a sentir um formigamento no meu braço e aquela acelerada no coração, mas, como caipira que sou, eu não aceitava e pensava: ‘Isso aqui não é nada’”, relembrou Zé Neto, que pausou a agenda para tratar um quadro de depressão e síndrome do pânico

 

O parceiro Cristiano, por sua vez, começou a notar comportamentos diferentes de seu companheiro. “Ele me via como um vilão da história, porque eu proibia álcool no camarim”, relembrou. “A pessoa tem dificuldade em enxergar essa doença e eu estava vendo de fora a transformação na personalidade do Zé. Era uma pessoa que precisava se dopar para subir no palco, ele bebia, juntava com o efeito da medicação e ele tava mais perdido”, comentou.

Zé Neto contou com acompanhamento psicológico e psiquiátrico durante a pausa, chegando a passar quatro horas seguidas com seu psicólogo em um intensivo que realizou em São Paulo. O período levou a uma grande decisão: a redução de shows mensais para 2025. A partir de janeiro, os músicos farão apenas doze shows por mês para ter uma qualidade de vida melhor.

Preparados para retornar aos palcos no dia 13 de dezembro em Massaranduba, Santa Catarina, os músicos anunciaram que o valor arrecadado na loja oficial da dupla, ZNeC Store, durante o mês de dezembro, será revertido para uma instituição de caridade que apoia a saúde mental.

 

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